E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.
(João 6:35)




sábado, 3 de janeiro de 2015

Família, lugar de amizade

O livro de Provérbios enaltece a verdadeira amizade, quando diz: “Em todo o tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão” (Pv 17.17). Os nossos melhores amigos devem estar dentro da nossa casa. Nossos amigos mais achegados devem sempre ser os membros da nossa própria família. Infelizmente, escasseiam-se os exemplos nobres da verdadeira amizade. Nem todas as pessoas que desfrutam da nossa amizade são nossos amigos verdadeiros. A palavra de Deus fala de Jonadabe, sobrinho de Davi, que deu um perverso conselho para Amnon, filho mais velho de Davi. A influência perversa de Jonadabe trouxe grandes tragédias para a família de Davi. Há amigos nocivos que são agentes de morte, e não embaixadores da vida. Há amigos utilitaristas que só se aproximam de você para conseguir algum proveito pessoal. Há amigos de boteco que apenas alugam seus ouvidos para conversas tolas e indecorosas. O verdadeiro amigo é aquele que está ao seu lado na hora mais escura da sua vida. É aquele que chega quando todos já se foram. O amigo ama sempre e na desventura é que se faz o irmão.
A família é esse canteiro divino onde devemos cultivar a amizade verdadeira. Um dos exemplos clássicos dessa amizade é a devoção de Rute à sua sogra Noemi. Muito embora Rute fosse moabita e Noemi uma viúva pobre, estrangeira e idosa, Rute apega-se a ela e torna-se melhor do que dez filhos para ela. Rute e Noemi, ambas viúvas, emergem das brumas do desalento e fortalecidas pela amizade e sustentadas pela divina providência, fazem uma jornada pontilhada de vitórias esplêndidas, pois Rute tornou-se avó do rei Davi e ancestral do Messias.
A família precisa ser lugar de encorajamento para os fracos e ânimo para os abatidos. A família é o hospital de recuperação para os doentes e o campo de treinamento para os grandes embates da vida. Na família somos aceitos não por causa de nossas virtudes, mas apesar de nossos fracassos. É no recôndito do lar que nosso caráter é forjado, nossa personalidade é firmada e nosso temperamento é provado. Na arena da família, quando caímos, somos levantados. Quando ficamos tristes, somos consolados. Quando erramos, somos perdoados. A família é lugar de aceitação, perdão e cura. É no recôndito sagrado da família que temos os nossos mais sinceros amigos, aqueles que estarão ao nosso lado, mesmo quando todos nos abandonarem e iluminarão nosso caminho mesmo nas noites mais escuras da alma.
A vida seria cinzenta sem verdadeiras amizades. Não fomos criados para a solidão. Deus nos fez à sua imagem e semelhança e ele é plenamente feliz na plena comunhão que sempre existiu entre as três pessoas da Trindade. Por termos as digitais do criador estampadas em nossa vida, a solidão nos é estranha e amarga. Nascemos dentro de uma família e Deus nos ordena a constituirmos uma família. É na família que usufruímos o pleno significado da existência. É na família que crescemos e nos multiplicamos. É na família que cumprirmos o nosso mandato cultural. É na família que aprendemos a dar e a receber. É na família que aprendemos a respeitar e a perdoar uns aos outros. É na família que aprendemos a suportar uns aos outros em amor. É na família que cultivamos a verdadeira amizade.
Nem sempre, porém, a amizade trescala seu embriagador perfume na família. Às vezes, há hostilidades e mágoas; outras vezes, há ódio e indiferença. Há muitas famílias, onde as pessoas têm o mesmo sobrenome e moram debaixo do mesmo teto, mas não se amam nem se respeitam. Vivem sem o óleo da alegria e sem o bálsamo da paz. É hora de cultivarmos amizades sinceras e desfrutarmos da amizades leais. É hora de imitarmos a Cristo, nosso supremo modelo. Dele são as palavras: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (Jo 15.13).

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Reflexão e Frases do Livro " Quem Me Roubou de Mim? Pe. Fábio de melo



Gostaria e compartilhar um pouco desse livro maravilhoso e libertador que nos leva ao autoconhecimento. Foi uma sessão de terapia e super recomendo!
Li uma vez e estou iniciando a leitura dele novamente, porque é profundo e sempre há um detalhe que fica esquecido. 
Esse livro fala sobre nossa identidade, quem somos e quem não somos. Tudo isso compõe nosso eu. 
Fala das relações e situações que nos roubam, dos relacionamentos que  vão tirando aos poucos nossa liberdade e sutilmente levam parte de nós. 
"Em Quem me roubou de mim?" Padre Fábio de Melo aborda uma violência sutil que aflige muitas pessoas - o sequestro da subjetividade. Isso acontece quando à privação que sofremos de nós mesmos quando estabelecemos com alguém, nas palavras do próprio autor, 'um vínculo que mina nossa capacidade de ser quem somos, de pensar por nós mesmos, de exercer nossa autonomia, de tomar decisões e exercer nossa liberdade de escolha.                                                 
Quantos relacionamentos sejam eles com amigos, namorados, parentes nos levam ao sequestro da subjetividade, que é a permissão de nossas vidas serem direcionadas por alguém?

“Alguém me levou de mim
Alguém que eu não sei dizer
Alguém me levou daqui.
Alguém, esse nome estranho.
Alguém que eu não vi chegar
Alguém que eu não vi partir
Alguém, que se alguém encontrar,
Recomende que me devolva a mim.”  


"Quando digo o que sou, de alguma forma eu o faço para também dizer o que não sou. O "não ser está no avesso do ser", assim como o tecido só é tecido porque há um avesso que o nega, não sendo outro, mas completando-o. O que não sou também é uma forma de ser. Eu sou eu e meus avessos."


“Não é tão simples sabermos se o outro nos ama ou não, mas há uma pergunta que 
podemos nos fazer e que contribuiria para que nos aproximássemos de uma resposta. Depois  que ele chegou, a nossa vida, nosso mundo, diminuiu ou dilatou-se?” 

“ Quem está esquecido de quem é‟ geralmente cai no equívoco de colocar familiares e 
criminosos no mesmo patamar. (...)” 

“Sentir medo é um jeito estranho de atribuir autoridade a alguém. Temer uma 
realidade ou uma pessoa é o mesmo que lhe entregar o direito de nos assombrar 
constantemente. Sempre que estamos paralisados pelo medo, de alguma forma, estamos 
privados de nós mesmos.”

 O nosso medo autoriza o invasor. O não dizer é uma omissão terrível, é uma 
forma de autorizar o golpe. O outro nos banaliza aos poucos, avança em nossos territórios; 
(...)”

(pg. 27) “(...) A relação, fortemente marcada pela dependência, fortalece ainda mais a entrega e a rendição. (...)” 

O mais cruel no processo do sequestro da subjetividade é que a vítima, depois de ficar à mercê de seu algoz, acredita que a única saída é entregar-se por completo a ele como se isso fosse sensibilizá-lo. Infelizmente, não é o que acontece, porque o algoz não olha para sua vítima com empatia, mas apenas com a intenção de usá-la para suas próprias finalidades. 

(pg. 55-56) “(...) Sequestradores costumam fazer isso com seus sequestrados. Quanto mais 
esquecido ele estiver de sua natureza, maior será sua entrega aos poderes de quem o 
sequestrou, de quem o levou de si mesmo.” 

(pg. 57) “O processo é sempre assim. O sequestrador afasta sua vítima de tudo o que para ela representa segurança. Quanto maior a insegurança, maior será o seu domínio. Sequestradores são especialistas em nos fazer esquecer nossos portos seguros.”

“O sequestrador age diretamente contra a fonte geradora da pessoa. Não há pessoa sem a experiência da liberdade.”
O desafio constante das relações humanas é preservar a liberdade das pessoas. 
Quando a liberdade é negada, a relação passa a representar um sério risco ( ... )

“Uma coisa é certa: nós sabemos quem somos, mas os outros nos imaginam. (...)” 

Enquanto estivermos vivos, seremos seres desejantes. O desejo é uma espécie 
de visgo que nos prende à vida. Quanto mais desejamos, maior é a sensação de estarmos 
vivos.” 

[Prazer é carboidrato.] “(...) Desejo é alimento integral, demora para fazer digestão, 
e por isso alimenta por mais tempo.”

“Precisamos entender que não existe ser humano ideal. O que existe é o ser humano 
certo. O ser humano ideal não possui defeitos. O ser humano certo tem defeitos, qualidades, e na soma de tudo é um resultado em que você resolve acreditar.” 

" Porque o amor não empobrece. O amor mesmo quando dividido só multiplica"

"Há pessoas que nos roubam. Há pessoas que nos devolvem"














Quem me roubou de mim - PARTE l- Pe Fábio de Melo -

Quem me roubou de mim- PARTE ll - Pe Fábio de Melo -

Quem me roubou de mim PARTE lll- Pe Fábio de Melo -

Quem me roubou de mim PARTE lV- Pe Fábio de Melo -