E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.
(João 6:35)




sábado, 15 de setembro de 2012

Pessoas valem mais do que coisas



As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. 
Não perguntam nunca: Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que ele coleciona borboletas?
Mas perguntam: Qual a sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa ? Quanto ganha seu pai ? 
Somente então é que elas julgam conhecê-lo. 
Se dissermos às pessoas 
grandes: Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado... elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa.
É preciso dizer-lhes: Vi uma casa de seiscentos contos. Então elas exclamam: "Que beleza!"
Assim, se a gente lhes disser: "A prova de que o príncipezinho existia é que ele era encantador, que ele ria, e que ele queria um carneiro. Quando alguém quer um carneiro, é porque existem" elas darão de ombros e nos chamarão de criança!
Mas se dissermos: "O planeta de onde ele vinha é o asteróide B 612" ficarão inteiramente convencidas, e não amolarão com perguntas. Elas são assim mesmo. É preciso não lhes querer mal por isso. As crianças devem ser muito indulgentes com as pessoas grandes.
Mas nós, nós que compreendemos a vida, nós não ligamos aos números! Gostaria de ter começado esta história à moda dos contos de fada. Teria gostado de dizer:
« Era uma vez um pequeno príncipe que habitava um planeta pouco maior que ele, e que tinha necessidade de um amigo... » Para aqueles que compreendem a vida, isto pareceria sem dúvida muito mais verdadeiro.


O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry


Conclusão: Será que não estamos trocando as pessoas por coisas?

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